sexta-feira, 13 de julho de 2007

O Tempo


Tempo? O que é tempo? O grupo abordou esse assunto por vários pontos de vista, o que foi bastante interessante. O tempo na física é explicado de uma forma, mas se olharmos pela visão filosófica já muda completamente a sua explicação. Da mesma forma se for explicado pela geologia.

A palavra tempo pode ter diversos significados, como a
idade de algo, alguém, explicação dentro da Física, o presente, o passado e o futuro. O dia de hoje. Também pode marcar o tempo entre uma competição e outra, como a Copa do Mundo, as Olimpíadas. E pode ser medido de várias maneiras: Dia sinderal, dia solar, tempo solar verdadeiro, tempo solar médio, dentre outras formas.

Li esse pensamento em um blog, e achei que faz bastante sentindo:
"E se o dia de amanhã que esperamos tanto não chegasse, será que o dia de hoje seria mais uma espera do dia de ontem? Vivemos em função de algo novo desconhecido e que insistimos em querer programar, moldar as nossas vontades... sempre pensando "o dia de amanhã será melhor que o de hoje..." e quem nos deu essa garantia? Onde estaria escrito que o amanhã será tão bom assim? Porque pedimos tanto e fazemos tão pouco pra que isso possa vim acontecer... e o ser humano poderia viver um dia de cada vez pensando no retrogrado, esse sim... podemos tomar conclusões falar com alguma pouca certeza, esse nós já vivemos e experimentamos o seu gosto... mas teimam em dizer que quem vive do passado é só o museu, e quem vive de futuro? Profeta? Precavido? Preocupado? Não, não, esquecido da vida! O tempo é o momento em que estamos... Ou o momento é o tempo que nos acompanha? O pensamento é um tempo sem fim... E o hoje é só uma nostalgia do que vivemos ontem. Deixa que o amanhã fale por si só... Ou será que o tempo não dará tempo?"

Como a seguinte poesia diz:

TEMPO PARALELO
Poema de Antonio Miranda
A Dom Luiz de Góngora
I
Tempo que flui em teu corpo,
tempo espacializado, superfície
que dura – ânsia, na espera –
é contido, concentrado até ao seu
desabrochar.
Um tempo assim tão longo,
tão esperado, tão inseguro,
num corpo dormente, prostrado,
sustado, em plena quietude,
repousado.
Neste presente duradouro, extensivo,
deslocado de seu passado, livre,
breve, na placidez, em repouso,
descolado em seu momento próprio,
absoluto.
Como uma fruta, natureza viva,
todo o pretérito colocado no presente,
refletido no infinito do corpo,
o futuro projetado no desejo
inalcançável.
II
Tempo afetivo que encurta o prazer,
que alonga e prolonga o sofrimento,
que é instante e também é instinto,
que é vivência mas não é seqüência
e conseqüência.
Tempo paralelo em que nos desprendemos
e nos perdemos – como uma cortina –,
sempiterno, desencontrado, mas sereno,
simultâneo, numa rotina ambígüa,
uniforme.
Que vive intensamente – experiência
constante, tempo no espaço do tempo -
que acelera, reverbera, pulsa e geme
(fluxo e refluxo, temporal e fluvial),
em combustão.
Em aceleração e regressão, detendo
o tempo, esgarçando-o, prolongando-o
na memória (que não é mais tempo),
que é findo e, no entanto, perpassa
- pássaro!

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